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domingo, 19 de setembro de 2010

Encontro Literário: Luis Fernando Veríssimo e Zuenir Ventura

Quando cheguei ao Espaço Machado de Assis do HANGAR dia 03, por volta das 18h45, o lugar estava bem longe de ficar lotado. Ainda faltavam 45 minutos para o Encontro Literário começar, então decidi ir à Praça de Alimentação fazer um lanchinho. Quando voltei, às 19h20, já havia bem mais gente, e acabei me sentando em um lugarzinho perdido, ali pelo meio do auditório de 750 lugares.
Pessoas continuaram a chegar durante todo o evento, e o lugar acabou com gente sentada no chão, de pé perto da parede, e até na porta sem conseguir entrar.
A jornalista Adelaide Oliveira apresentou os convidados e conduziu o bate-papo de forma bastante agradável. A primeira frase de Zuenir quando Adelaide perguntou sobre a amizade com Veríssimo, foi "Entre nós já rolou tudo, menos sexo" e Veríssimo emendou "É, ainda", ao que se seguiram muita gargalhadas.
Notei que "Ainda" foi algo que Veríssimo disse várias vezes. Quando perguntado se já tinha ido a uma rave - Zuenir narrara antes sua engraçadíssima experiência de ir a uma rave em companhia da neta adolescente, registrada no livro "1968 - O Que Fizemos de Nós" - e sempre que perguntavam sobre algo que ele ainda não tinha feito. A resposta não era "Não", era "Ainda não".
Os dois escritores falaram do livro lançado recentemente pela editora Agir: "Conversa sobre o Tempo", uma conversa entre eles, sobre os mais variados temas, mediada por Arthur Dapieve e segundo eles "regada a muita comida".
Também falaram de internet, e Veríssimo provocou muitas risadas ao contar que muitas crônicas que circulam na internet assinadas com seu nome, não foram escritas por ele, mas que ele aceita os parabéns por elas sem se estressar nem um pouco. Ele elogia os textos e diz que gostaria de saber quem os escreveu, e por que não assinou com o próprio nome.

Zuenir conta que seu filho descobriu um Twitter que seria supostamente dele e brinca "Eu nem sei o que é Twitter!". Nenhum dos dois tem Twitter.
Os 90 minutos de evento passaram voando. Saí de lá com vontade de que durasse mais. Uma enorme fila se fez do lado de fora do auditório, para quem quisesse pegar autógrafos.
Consegui pegar um autógrafo de Luis Fernando Veríssimo em meu exemplar de "O Mundo é Bárbaro", mas minha câmera digital me deixou na mão (como sempre) e não quis ligar, então perdi a chance de ter uma foto com Veríssimo e Zuenir. Se fosse um pouquinho mais cara de pau, teria pedido a alguém que batesse a foto pra mim e mandasse por e-mail, mas enfim. Também fiquei triste de estar sem dinheiro pra comprar "Conversa sobre o Tempo" que estava sendo vendido ao lado do auditório, para ter também um autógrafo de Zuenir. Não o conhecia antes, mas ele me conquistou, e não vejo a hora de conseguir um livro dele pra ler.

Bem, é isso, pessoas! Demorei, mas consegui tirar um tempinho pra vir aqui falar do Encontro Literário. Gostaria de ter escrito antes, quando ainda tinha tudo fresquinho na memória, mas tive os últimos dias bem cheios. Sabia que queria escrever sobre o evento no blog, só que não tive a brilhante idéia de levar um bloquinho pra anotar o que não queria esquecer. Quem quiser, pode assistir um trecho do bate-papo no Youtube (clicando aqui). O áudio está meio ruim, mas dá pra sentir um gostinho. Em breve apareço de novo.

Beijinhos,
Gio ;)

4 comentários:

  1. Não conheço o Zuenir Ventura; no início do post cheguei até a pensar que era uma mulher. Ri demais do "Entre nós já rolou tudo, menos sexo", apesar de ter achado meio esquisito. Mais pra baixo, quando descobri que Zuenir se tratava de um homem, ri mais ainda! Hahahaha!

    Realmente, o post podia ter sido feito mais cedo, mas ainda assim rendeu boas risadas. =)

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  2. Pedro,

    Huahuahuahuahauhauha... Mesmo sem saber quem era Zuenir, quando vi a programação da Feira, nunca me passou pela cabeça que fosse uma mulher! Mas realmente, o nome não é muito óbvio.

    Cara, eles são engraçadíssimos! Falam cada coisa, que você não acredita que veio de dois velhinhos. Eles contaram várias histórias hilárias da vida deles, e ficavam um encarnando no outro. Era o Zuenir falando da barriga do Veríssimo, ela o Veríssimo contando coisas sobre o Zuenir que deixavam ele com vergonha... =)

    Mas rolaram papos bem legais sobre assuntos sérios também. Política, leitura hoje no Brasil... Eles tem opiniões bem fora do comum sobre esses assuntos. Bem interessante.

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  3. Olá Gio.
    Maneira a forma como você relata a sua experiência como participante do encontro literário.
    Conversar é sempre do bem e quando a conversa é entre gente que viveu, prestou atenção na vida, aprendeu com ela, se divertiu com ela, ... aí a coisa se torma mais do bem.
    Gostei do relato que você me fez pessoalmente sobre o mibguém é perfeito ao saber que uma pessoa na fila de autografos torcia para um determinado time de futebol.
    Parabens pelo texto.
    Bjs!!!

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