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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Vem cá, te conheço?

Todo mundo já passou por algo parecido...
Você tá lá, naquela reunião de família básica, cheia de parentes e amigos de parentes que você conhece apenas vagamente. É impossível ligar nomes aos rostos que você vê uma vez por ano, tipo no aniversário da sua avó, ou na casa daquela prima de terceiro grau.
Você está na sua, conversando com pessoas que realmente conhece, quando é abordado por uma figura sorridente que encara você como se estivesse reencontrando um grande amigo.
"Sabe quem sou eu?" pergunta o sorridente com tanta confiança, que você quase responde afirmativamente.
É um momento delicado, em que é necessário ser honesto, até certo ponto. Você tem vontade de dizer "Não. Será que você pode dar licença?", mas o que sai é um "Eeer... Não...". E você sorri como quem pede desculpas.
O que se segue é uma seqüência de frases como "Te carreguei no colo" e "Como você cresceu!" e ainda "Você está a cara da sua mãe!".
A vontade de sair correndo é grande. Você não tem realmente algo pra dizer pra alguém que te viu há mais de 10 anos atrás. Aparentemente, a pessoa se acha importante, e fica esperando que de repente você exclame "Ah! Lembrei! Você tinha um colo super legal!".
Depois de um longo silêncio constrangedor, a pessoa vai embora ainda sorridente, te deixando de brinde uns tapinhas nas costas ou seu cabelo bagunçado.
É óbvio que algum dos parentes mais próximos apontou você para o sorridente e disse algo tipo "Olha lá, é a filha do fulano, está uma bela moça, não?" e foi o causador de todo o tormento.

Depois desses episódios, você jura que no futuro não fará o papel do parente mala, nem do amigo de família sorridente. Será?

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